Por Roberto Samora
SÃO PAULO (Reuters) – A Petrobras afirmou nesta segunda-feira que sua Diretoria de Governança e Conformidade não encontrou irregularidades em contrato firmado com a Unigel, empresa que arrenda duas unidades de fertilizantes nitrogenados da estatal e busca soluções para retomar a operação das fábricas.
Segundo comunicado, a empresa chegou a esta avaliação após concluir a apuração sobre possíveis interferências de dois de seus diretores na tramitação do procedimento que gerou a celebração do contrato de “tolling” com a Unigel.
O processo foi aberto em meio a um alerta do Tribunal de Contas da União (TCU) de que o contrato poderia trazer prejuízos para a Petrobras.
A apuração foi integralmente acompanhada pela auditora KPMG, que realizou testes adicionais e examinou procedimentos e controles aplicáveis a todo o processo, acrescentou a empresa.
“É improcedente a informação de que a celebração do contrato não tenha observado todos os trâmites e procedimentos pertinentes. Ao contrário, o contrato passou por todas as instâncias prévias de anuência e validação, de maneira que o sistema de governança da companhia foi integralmente respeitado”, afirmou a Petrobras.
O contrato de serviço com a Unigel tem caráter provisório e visa permitir a continuidade da operação das plantas localizadas em Sergipe e Bahia, que pertencem à Petrobras, por oito meses, sem prorrogação.
“O contrato de serviço temporário de tolling se mostrou a melhor alternativa entre as disponíveis, considerando a situação atual das plantas e os cenários de risco.”
A companhia reiterou que vem prestando todos os esclarecimentos solicitados pelo TCU.
A Petrobras disse ainda que também não procede a afirmação de que a KPMG tenha determinado o afastamento de diretores do processo de certificação das demonstrações financeiras.
O calendário de divulgação das demonstrações financeiras da Petrobras está mantido, acrescentou a companhia.