Um estudo inédito realizado pela B3 mostrou que, em 2023, o primeiro investimento realizado por mulheres foi mais do que o dobro do valor dos homens: R$ 167, contra R$ 62.
Além disso, novas investidoras registraram um saldo médio em renda variável três vezes maior: R$ 26 mil, contra R$ 9,8 mil entre os homens.
“A minha percepção é de que a mulher se prepara mais para entrar na bolsa. Seja buscando informações ou mesmo juntando mais dinheiro antes de começar a investir [..]”, afirmou em comunicado Christianne Bariquelli, superintendente de Educação da B3.
Tipos de investimentos
Em 2023, as ações estiveram entre os investimentos mais escolhidos por mulheres. Entre as mais de 1,253 milhão investidoras de renda variável, 951,9 mil investiram na modalidade. Seguido pelo Tesouro Direto, que contabilizou 903,6 mil. Os fundos Imobiliários (FIIs) foram o terceiro produto mais procurado, com 641,9 mil investidoras.
Além disso, o FII foi o produto que mais cresceu entre as mulheres no último ano, com alta de 19,13%.
Faixa etária
Em 2023, a maior parte das investidores de renda variável (46%) tinha entre 25 e 39 anos, seguida pela faixa dos 40 a 59 anos (34%). Nos últimos 5 anos, a faixa etária que mais cresceu percentualmente foi a de 18 a 24 anos (1.816%).
Avanço em cinco anos
O número de mulheres que investe em renda variável saltou 658% desde 2018, para 1,253 milhão em 2023. Entre as investidoras do Tesouro Direto, houve um avanço de 260% no período.
Por outro lado, segundo a B3, os homens entram em maior quantidade do que as mulheres na bolsa. Há cinco anos, a quantidade de novos investidores homens era de 173,9 mil por ano e de mulheres, de 49,8 mil. Atualmente, o número é de de 1,1 milhão de homens contra 253,8 mil mulheres por ano.