Os ministros da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, e do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, atribuíram o aumento no preço dos alimentos, registrado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em fevereiro, às questões climáticas no país.
Segundo os ministros, uma queda é esperada entre o final de março e o início de abril, com o avanço das colheitas pelo país.
¨Esse aumento ocorreu em função de questões climáticas que foram muito importantes no Brasil, todo mundo assistiu ao excesso, a alta temperatura no Centro-Oeste, as chuvas que ocorriam no sul do Brasil, enfim, foi um aumento sazonal. A tendência agora é diminuir”, disse Teixeira.
As declarações foram após encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na manhã desta quinta-feira (14), no Palácio do Planalto. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o Presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto também participaram.
O encontro foi convocado pelo presidente, que tem sido pressionado a buscar alternativas para baratear o custo dos alimentos. Segundo Fávaro, medidas serão adotadas para promover um incentivo na produção de arroz, feijão, milho, trigo e mandioca, estimulando o aumento da área plantada, e por meio de linhas de crédito. A ideia é que um arcabouço de iniciativas do governo federal seja incrementado ao Plano Safra.
“Teremos uma estratégia para direcionar o crescimento da produção de arroz, feijão, trigo, para que ocorra perto dos centros consumidores e estamos atentos também, se essas medidas estruturantes, se os preços não abaixarem, nós podemos tomar outras medidas governamentais que serão estudadas pela equipe econômica”, disse Fávaro.
Segundo os ministros, o presidente também deve se reunir, a partir da próxima semana com setores produtivos para discutir novas medidas.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) registrou alta de 0,42% em janeiro, após alta de 0,56% no mês anterior. Os dados divulgados pelo IBGE, mostram que um dos ítens que influenciaram o resultado, foi o preço dos alimentos.
A alimentação no domicílio ficou 1,81% mais cara em janeiro, influenciada sobretudo pelo avanço nos preços da cenoura (43,85%), da batata-inglesa (29,45%), do feijão-carioca (9,70%), do arroz (6,39%) e das frutas (5,07%).
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