As forças russas atacaram neste domingo (3) instalações portuárias ucranianas, no rio Danúbio, usadas para exportações de alimentos. O episódio ocorre um dia antes do presidente russo, Vladimir Putin, discutir a retomada do acordo de exportação de grãos com o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan.
Pelo menos duas pessoas ficaram feridas nos ataques, disse um porta-voz militar regional. A infraestrutura portuária foi atingida, provocando um incêndio que foi rapidamente extinto.
A Força Aérea da Ucrânia disse que 25 drones foram usados em ataques noturnos na região de Odesa. Do total, 22 foram abatidos.
Em nota, o Ministério da Defesa da Rússia disse que tinha como alvo as instalações de armazenamento de combustível no porto ucraniano de Reni, usadas para abastecer os militares ucranianos.
Ainda segundo a declaração, o ataque foi bem-sucedido, com “todos os alvos atribuídos neutralizados”.
Foi atingido o outro lado da fronteira da Romênia, provocando uma rápida repreensão por parte do país.
O Ministério da Defesa da Romênia condenou o ataque “nos termos mais fortes possíveis”, chamando-o de “injustificado e em profunda contradição com as regras do direito humanitário internacional.”
Disseram ainda que não havia ameaça direta ao território da Romênia ou às suas águas territoriais.
Andriy Yermak, assessor do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acusou o Kremlin de tentar criar uma “crise alimentar” com os ataques.
“Os terroristas russos continuam a atacar a infraestrutura portuária na esperança de serem capazes de provocar uma crise alimentar e fome no mundo”, declarou através do Telegram.
Os ataques aéreos noturnos são a mais recente tentativa de Moscou atingir a infraestrutura marítima ucraniana desde julho, quando a Rússia desistiu de um acordo que permitia aos navios ucranianos contornar o bloqueio russo aos portos ucranianos no Mar Negro e navegar com segurança pela hidrovia até o Estreito de Bósforo, na Turquia, para alcançar os mercados globais.
O colapso da quebra do acordo fez subir os preços globais dos alimentos, causando um receio aos países mais pobres do mundo em terem dificuldades em alimentar as suas populações.
Erdogan, cujo país controla efetivamente o acesso dentro e fora do Mar Negro, ajudou a mediar o acordo inicial e assumiu o papel de mediador enquanto tenta fazer com que a Rússia volte a aderir.
Ele provavelmente discutirá a retomada do acordo durante uma reunião com Putin na cidade turística de Sochi, no Mar Negro, na segunda-feira (4).
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, disse que seu país estará pronto para voltar a aderir ao pacto assim que vir garantias de que os benefícios prometidos à Rússia serão implementados.
Entretanto, a Ucrânia tentou criar corredores marítimos temporários para navios mercantes, mas Kiev não foi capaz de garantir a sua segurança contra ataques russos ou minas. Vários navios utilizaram estas rotas apesar do risco.
A ONU também tem procurado reavivar o acordo.
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