Na edição desta quarta-feira (22) do quadro Correspondente Médico, do Novo Dia, o neurocirurgião Fernando Gomes falou sobre um estudo da Universidade de Michigan que revela a mudança de hábitos alimentares das famílias norte-americanas por causa da pandemia.
Um a cada cinco pais respondeu na pesquisa que os filhos estão comendo fast foods com mais frequência. Já um em cada seis pais dizem que os filhos comem esse tipo de comida, pelo menos, duas vezes na semana. 40% dos pais relataram estar muito ocupados para cozinhar, no entanto, 24% consideram que comer fast food é mais barato do que fazer refeições em casa.
Gomes alertou para os riscos desse tipo de alimentação para as crianças, em especial porque gordura e calorias em excesso alteram o metabolismo dos pequenos.
“O cérebro adora coisa que tem caloria porque em muita energia. Mas como vai ficar a saúde dessas crianças daqui pra frente? Certamente comprometida, pois se altera o padrão celular, então existe chance maior dessa criança ser obesa, evoluir para um sedentarismo, ter alterações de colesterol e outras que vão impactar no aparelho cardiovascular”, disse o médico.
Fernando Gomes destacou que as crianças costumam imitar os pais e, se eles comem poucos alimentos saudáveis, elas se sentirão estimuladas a consumir de forma desregrada também.
“Percebemos que é um comportamento geral, que mostra desde a questão da falta de tempo, de interesse e do distanciamento do que faz a gente ser humano”, afirmou.
“A comida não é só pra ser comida, você precisa avaliar o seu alimento e entendê-lo, e nada melhor do que se arriscar na cozinha para preparar você mesmo a sua comida. Além da questão ambiental, temos que ensinar a criança que o hambúrguer não nasce em árvore.”
(*Com informações de Nicole Lacerda, da CNN, em São Paulo)
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