O Ibovespa fechou quase estável nesta segunda-feira (06), em queda de 0,03%, aos 128.465,69 pontos.
Na máxima, o indicador chegou aos 129 mil pontos. A Braskem desabou 14,62%, após a Adnoc desistir de participação na petroquímica, enquanto Petrobras figurou entre os suportes positivos ajudada pela alta do petróleo no exterior.
O desempenho ocorre após duas altas seguidas do Ibovespa, período em que acumulou um ganho de 2%, e antes de uma bateria de balanços corporativos no Brasil nesta semana, bem como decisão de política monetária do Banco Central, que pode trazer sinais sobre uma eventual alteração na taxa terminal da Selic.
Pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira mostrou que economistas consultados pelo BC passaram a ver juros mais altos ao final de 2024, com as projeções agora embutindo corte de apenas 0,25 ponto percentual na Selic nesta semana.
No exterior, a agenda macroeconômica é mais fraca nos Estados Unidos nos próximos dias, após centralizar as atenções na semana passada, quando o Federal Reserve sinalizou que deve manter os juros nos níveis atuais por mais tempo.
Em Wall Street, o S&P 500, uma das referências do mercado acionário norte-americano, fechou com elevação de 1,03%, enquanto o rendimento do título de 10 anos do Tesouro dos EUA marcava 4,4894%, de 4,5% na sexta-feira.
“Se nos EUA a semana reserva uma agenda econômica enxuta, por aqui não faltarão temas que poderão movimentar os mercados domésticos”, afirmou a equipe da Ágora Investimentos, em relatório enviado a clientes mais cedo.
Dólar
O dólar à vista fechou em leve alta de 0,11%, a R$ 5,0749, com investidores mantendo posições antes da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que termina na quarta-feira, em um dia relativamente positivo para as moedas de exportadores de commodities no exterior.
Em maio, a divisa acumula baixa de 2,27%, após os fortes recuos da quinta e da sexta-feira.
Nas duas sessões anteriores o dólar à vista saiu de um patamar próximo de R$ 5,20 para a faixa dos R$ 5,06, com alguns agentes do mercado citando a retirada de certo “exagero” nas cotações após alívio trazido pela reunião do Federal Reserve e por dados de inflação dos EUA na semana passada.
Nesta segunda-feira, a moeda norte-americana oscilou em margens estreitas, sem força para atingir níveis mais baixos ou, ao contrário, se reaproximar dos R$ 5,10.
No mercado a avaliação era de que investidores aguardam agora a decisão de política monetária do Banco Central, na quarta-feira, já que há dúvidas sobre qual será o corte da taxa básica Selic – 25 pontos-base ou 50 pontos-base.
Dependendo do anúncio e, principalmente, da avaliação do BC sobre o futuro da taxa básica Selic, hoje em 10,75% ao ano, o diferencial de juros entre Brasil e exterior pode encurtar, o que traria pressão ao câmbio.
No exterior, o dia era favorável às moedas de exportadores de commodities ou emergentes, como o peso chileno e o peso mexicano, o que também ajudava a segurar as cotações do dólar no Brasil.