A norueguesa Equinor anunciou nesta quinta-feira (20) a decisão final de investimento de um complexo solar na Bahia que será construído na mesma área de usinas eólicas da empresa, configurando o primeiro projeto híbrido de geração renovável da petroleira no mundo.
O complexo solar Serra da Babilônia, de 140 megawatts-pico (MWp), será desenvolvido na área do Serra da Babilônia I, conjunto de eólicas com 223 MW de capacidade já operadas pela subsidiária da Equinor, a Rio Energy, adquirida no ano passado.
O início da construção do novo complexo solar está previsto para setembro e a operação comercial é esperada até o final de 2025. O valor dos investimentos não foi divulgado.
O modelo híbrido permite uma geração complementar de energia eólica e solar: o complexo solar utilizará o sistema de interconexão existente, já instalado para as eólicas, e não exigirá capacidade adicional da rede.
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As solares injetarão energia na rede quando as eólicas não estiverem utilizando sua capacidade, otimizando a produção total de energia.
A energia produzida pelo novo parque será comercializada pela trading da Equinor, Danske Commodities, que já é responsável pela venda da energia de outros ativos da empresa no Brasil.
“Estamos satisfeitos em aprovar este investimento apenas sete meses após a aquisição da Rio Energy. Nossa participação nesta plataforma cria uma base sólida para construir um portfólio de energias renováveis substancial e lucrativo no país, aproveitando as capacidades da Rio Energy e maximizando as sinergias com a nossa trading”, afirmou em nota Veronica Coelho, presidente da Equinor no Brasil.
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“A decisão de investimento reforça a relevância do Brasil como uma área-chave para cumprir nossa ambição de sermos líderes na transição energética, focando no crescimento lucrativo em energias renováveis”, disse Christian Lie Hansen, vice-presidente da Equinor de energias renováveis onshore das Américas.
Com a aprovação do complexo solar Serra da Babilônia, a empresa passa a ter cerca de 600 MW de energia solar e eólica em produção e construção no Brasil.
A Equinor conta ainda com uma carteira de mais de 1,5 GW de projetos solares e eólicos onshore sendo desenvolvidos por sua subsidiária Rio Energy.
(Por Letícia Fucuchima)