Os negócios de capital de risco na América Latina atingiram o ritmo mais lento em seis anos, em parte devido à retração de investidores norte-americanos na região.
Nos primeiros seis meses do ano, houve 323 negócios avaliados em US$ 2 bilhões na América Latina, de acordo com dados do PitchBook divulgados nesta semana. O segundo trimestre, com 142 operações de aporte em startups, é o mais lento na região desde o quarto trimestre de 2018.
“A cautela causada pelo alto número de negócios em 2021 e 2022 que levaram a poucas saídas, bem como a retirada de investidores dos EUA do mercado” contribuiu para os baixos volumes, escreveu o analista da Pitchbook Kyle Sanford em uma análise divulgada junto com os dados. Os investidores ficaram à margem em meio às altas taxas nos EUA e à inflação global, acrescentou o relatório.
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As saídas — apenas 30 avaliadas em menos de US$ 36 milhões no primeiro semestre do ano — também estão em ritmo lento. Se o ritmo atual se mantiver, seria o menor valor de saída da América Latina desde 2016, disse a Pitchbook.
A arrecadação de fundos de capital de risco na América Latina até 30 de junho é de US$ 100 milhões, em comparação com US$ 2,2 bilhões em todo o ano de 2023.
Globalmente, os negócios apresentaram tendência de alta, impulsionados por um punhado de grandes transações. A atividade global totalizou US$ 94,3 bilhões no trimestre, um aumento de quase 11% em relação ao trimestre do ano anterior.
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