Investidores da Discovery que contestaram os termos da fusão de US$ 43 bilhões da empresa com a WarnerMedia, da AT&T, chegaram a um acordo de US$ 125 milhões, colocando fim às acusações de que o negócio os prejudicou e que teria proporcionado benefícios impróprios a acionistas relevantes e executivos das empresas.
O acordo prevê que uma empresa de propriedade da família bilionária Newhouse, que era um grande acionista na operadora do Discovery Channel, pague US$ 100 milhões do acordo, enquanto o ex-presidente da Discovery, Robert Miron, e seu filho, Steven, devem cobrir os US$ 25 milhões restantes, de acordo com documentos judiciais.
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Um grupo de fundos de pensão detentores de ações da Discovery processou no Tribunal de Chancelaria de Delaware, alegando que insiders da empresa colheram benefícios impróprios no valor de mais de US$ 1 bilhão no negócio.
O acordo foi divulgado na sexta-feira (5). Os réus — que incluíam os Mirons — faziam parte das parcerias Advance/Newhouse que anteriormente possuíam ações preferenciais na Discovery antes da fusão ser concluída em 2022, mostram os documentos judiciais.
Os Mirons argumentaram que não cometeram irregularidades e concordaram em resolver a questão para evitar o “fardo substancial, despesa, inconveniência e distração de um litígio contínuo”, de acordo com os documentos. Advogados dos fundos disseram nos documentos judiciais que o acordo é “justo, razoável” e no melhor interesse dos investidores.
Os advogados dos Mirons e dos fundos não estavam imediatamente disponíveis para comentar na sexta-feira fora do horário comercial regular.
Os fundos, que incluíam o Bricklayers Pension Fund of Western Pennsylvania, acusaram os Mirons e outros de negociar um acordo de fusão que era “não totalmente justo” para os acionistas minoritários. O fundo da Pensilvânia acusou as parcerias Advance/Newhouse de “extorquir” um pagamento paralelo de nove dígitos depois que ficou claro que “a fusão era importante demais para a Discovery” para ser cancelada.
A combinação criou a Warner Bros Discovery, um dos maiores conglomerados de mídia do mundo, cujo portfólio inclui Discovery Channel, Warner Bros. Entertainment, CNN, HBO e Cartoon Network, juntamente com os serviços de streaming Discovery+ e HBO Max.
O juiz Travis Laster, do Tribunal de Chancelaria de Delaware, ainda deve aprovar o acordo e os honorários legais dos advogados dos investidores. Esses virão do fundo de acordo de US$ 125 milhões.
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