A Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia) vai investir R$ 120 bilhões no setor industrial alimentício do país até 2026.
Do montante, R$ 75 bilhões serão destinados à ampliação e modernização de fábricas e o restante, R$ 45 bilhões, para pesquisa de desenvolvimento e inovação na área.
O anuncio aconteceu em uma reunião com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, na terça-feira (16).
Segundo Alckmin, os aportes da Abia estão alinhados com os programas federais “Brasil Mais Produtivo” e “Depreciação Acelerada”, que também tem como objetivo impulsionar a produtividade da indústria brasileira.
Na ocasião, o vice-presidente explicou a necessidade de se investir no setor pelo seu forte crescimento no país.
“O Brasil é o maior exportador de alimento industrial de todo o mundo. (…) Como é um setor que está crescendo, diminuiu a ociosidade na indústria e vai ter que investir. Você estimula a renovação de máquinas e equipamentos para diminuir o “custo Brasil”, melhorar a produtividade, competitividade, descarbonização e eficiência energética”, afirmou o ministro.
Indústria de alimentos
Ainda na reunião, Alckmin pontuou como os programas federais têm auxiliado a indústria em diferentes segmentos.
De acordo com o vice-presidente, o “Brasil Mais Produtivo” – realizado em parceria com a ABDI, BNDES, Senai, Sebrae, Finep e Embrapii – destinou R$ 2 bilhões para atender micro, pequena e média empresa.
Segundo Alckmin, essas empresas representam 94% da indústria de alimentos.
O Ministério do Desenvolvimento cita que, no ano passado, o setor registrou o melhor desempenho e a maior capacidade instalada dos últimos 10 anos.
No primeiro semestre de 2024, a atividade alcançou US$ 32,2 bilhões em exportação de alimentos industrializados, um crescimento de 8,4% em relação ao mesmo período do ano passado.
De acordo com a Associação, as indústrias brasileiras de alimentos e bebidas congregam 41 mil empresas que processam 61% de tudo o que é produzido no campo — 273 milhões de toneladas de alimentos por ano — e representam 10,8% do PIB do país.
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