Gabriel Medina, surfista, R$ 11 milhões por ano. Novak Djokovic, tenista, faturamento de US$ 184 milhões na carreira. LeBron James, jogador de basquete, acaba de renovar o salário para ganhar mais de US$ 55 milhões em uma única temporada. Multimilionários, os astros do esporte mundial fazem das Olimpíadas o palco para uma realização pessoal e profissional que vai muito além da fortuna financeira.
Na noite desta segunda-feira (5), o Brasil acompanhou Medina se emocionando ao ganhar a medalha de bronze no surfe masculino, no Taiti, pelas Olimpíadas de Paris.
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Tricampeão mundial de surfe, Medina entrou no mar do Taiti em busca do sonho olímpico. O prêmio de R$ 140 mil que vai receber pela medalha de bronze é o de menos, considerando os milhões anuais que ele fatura prêmios e patrocínios.
O brasileiro tinha ficado de fora do pódio nas Olimpíadas de Tóquio, na estreia do surfe como esporte olímpico. Acabou em quarto lugar, mas não desistiu do seu sonho.
“Eu queria muito uma medalha olímpica, era meu objetivo vindo pra cá. Tóquio foi uma semifinal que ficou na minha cabeça. Eu falei, ‘pô, de novo não. Essa medalha tem que ir pra casa’. E eu fico feliz de ter conquistado.”
gabriel medina, surfista brasileiro e (agora) medalhista olímpico
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Ouro e lágrimas
Quem não se surpreendeu com o choro copioso de Novak Djokovic após derrotar o espanhol Carlos Alcaraz na final do tênis? Era sua quinta vez disputando as Olimpíadas, aos 37 anos.
Com a vitória, o número 2 do ranking mundial finalmente conquistou o Career Golden Slam, vencendo ao longo da carreira todos os quatro torneios de Grand Slam e, agora, a medalha de ouro olímpica. Além dele, apenas os tenistas Steffi Graff, Andre Agassi, Rafael Nadal e Serena Williams conseguiram esse feito.
Mas Djokovic não fez por causa de recordes. Muito menos pelo dinheiro. Foi pelo país, segundo ele declarou após a final.
“Estar naquela quadra com a bandeira sérvia hasteada, cantando o hino sérvio e carregando ouro no pescoço… Acho que nada pode superar isso em termos de esporte profissional. Foi o meu maior feito esportivo.”
novak djokovic
O aspecto psicológico também motivou o tenista a chegar lá. “Essa é uma das maiores batalhas internas que continuo lutando comigo mesmo. Que sinto que não fiz o suficiente ou não fui o suficiente na minha vida dentro e fora da quadra. Então é uma grande lição para mim. Sou super grato pela bênção de ganhar uma medalha de ouro histórica para o meu país. De completar o Golden Slam. De completar todos os recordes.”
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Fome de pódio
Já LeBron James disputa em Paris a sua quarta Olimpíada e nunca conheceu o sentimento de ficar fora do pódio olímpico. Foi medalha de bronze em Atenas, em 2004, e depois ganhou duas medalhas de ouro, em Pequim-2008 e Londres-2012. Quem achava que ele já estava satisfeito cometeu um grande engano. LeBron James voltou para o Dream Team em Paris, para liderar o time de basquete formado por jogadores milionários da NBA em busca de mais um título olímpico.
Sua determinação e profissionalismo lhe valeu até o convite para carregar a bandeira da delegação dos Estados Unidos na cerimônia de abertura.
“É uma honra incrível representar os Estados Unidos neste cenário global, especialmente em um momento que pode unir o mundo inteiro. O esporte tem o poder de unir todos nós, e estou orgulhoso de fazer parte deste momento importante.”
lebron james, três vezes medalhista olímpico
A força mental de LeBron James impressionou o diretor da USA Basketball, Grant Hill, que também foi jogador da NBA. “Fiquei impressionado com sua paixão pelo jogo, sua paixão pelo basquete dos EUA e seus desejos. Você pensaria que ele é um iniciate, que nunca ganhou, está faminto. Depois de tudo o que ele fez, ele está tratando isso como se não tivesse conquistado nada. E é em parte isso que o torna tão único e certamente um dos melhores.”
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