As empresas globais que querem abrir capital ainda neste ano terão uma janela reduzida a partir do início do mês que vem, quando terminam as férias de verão no hemisfério norte, em um ambiente ainda cheio de incertezas.
A eleição nos EUA em novembro deve congelar a atividade de IPOs em todo o mundo, segundo executivos de banco de investimento. Uma opção seria esperar até o ano que vem, quando haverá mais clareza sobre juros e a situação política. Isso limitará o volume de negócios do ano.
As ofertas iniciais de ações, excluindo negócios na China, arrecadaram US$ 69 bilhões até agosto, 50% a mais do que no mesmo período do ano passado, mas pouco mais da metade da média dos 10 anos anteriores à pandemia, segundo dados compilados pela Bloomberg.
IPOs de destaque como o de US$ 1,8 bilhão da Viking Holdings em Nova York e o de US$ 2,6 bilhões do Galderma Group em Zurique foram bem sucedidos. Mas muitos candidatos a abertura de capital ficaram de fora em meio a desentendimentos com investidores sobre preço e preocupações de que a tolerância ao risco para novas emissões de ações não se recuperou totalmente.
“Minha expectativa é que as empresas que escolherem abrir capital” nos próximos meses serão “as topo de linha, que fizeram muitas reuniões para testar o mercado”, disse Clay Hale, co-chefe de mercados de capitais de ações no Wells Fargo.
(Por Bailey Lipschultz)
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