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Ações em NY afundam após inflação nos EUA fechar a porta de corte do Fed em junho

As ações de Wall Street caíram depois que números de inflação mais salgados que o estimado nos Estados Unidos sinalizaram que o Federal Reserve não terá pressa em cortar a taxa de juros este ano.

As bolsas norte-americanas caíram forma generalizada, com o S&P 500 caindo mais de 1% depois que o índice de preços ao consumidor dos EUA superou as previsões pelo terceiro mês seguido. Já os rendimentos do título Tesouro de 10 anos oscilaram perto da marca de 4,5% – atingindo uma nova máximo em 2024.

No mercado futuro, as apostas preveem o equivalente a apenas dois cortes pelo Fed neste ano. A preocupação dos investidores é que as recentes pressões sobre os preços nos EUA possam não ser apenas um obstáculo no caminho. Isso pode significar que a narrativa de taxas de mais elevadas por mais tempo se consolidará novamente.

“Costuma-se dizer que o Fed sobe e desce a escada rolante ao definir as taxas”, disse Richard Flynn, da Charles Schwab. “Mas para o caminho descendente neste ciclo, parece que eles vão optar pelas escadas.”

Tanto o índice cheio quanto o núcleo do CPI, que exclui alimentos e energia, subiram 0,1 ponto percentual mais do que o previsto, com cada um chegando a 0,4%. Para o núcleo, isso marcou o terceiro mês consecutivo de leituras de 0,4%, a sequência mais quente desse tipo desde o início do ano passado.

Em base anual, o CPI cheio acelerou para 3,5%, enquanto o núcleo se manteve em 3,8%, com ambas as leituras acima das previsões dos economistas. Os custos de habitação e da gasolina contribuíram com mais da metade do aumento do CPI, revelando-se um elemento teimoso na batalha contra a inflação.

Os números desafiaram aqueles que ainda esperam que o Fed comece a cortar as taxas de juro em junho. Os economistas do Morgan Stanley disseram que, dependendo do índice de preços ao produtor, que sai na quinta-feira, o “Fed se inclina para um início mais tardio dos cortes” do que em junho. Paul Ashworth, da Capital Economics, foi mais direto: o CPI de hoje “mata as esperanças de redução dos juros em junho”. (Christopher Anstey e Rita Nazareth)