O Nubank acaba de informar que registrou lucro líquido de US$ 379 milhões no primeiro trimestre deste ano, um crescimento 167,14% em relação a igual período de 2023. O retorno sobre patrimônio líquido (ROE) foi de 23%. E a receita avançou 64% na comparação com os três primeiros meses do ano passado, para US$ 2,7 bilhões, maior patamar da história do banco.
No after market do mercado de Nova York, a ação do Nubank subia 1,20%.
A Receita Média Mensal por Cliente Ativo (ARPAC) cresceu para US$ 11,4 no primeiro trimestre de 2024, um avanço de 30% em relação ao ano anterior em base neutra de câmbio (FXN).
O custo médio mensal de atendimento por cliente ativo permaneceu praticamente inalterado e abaixo do nível de um dólar, em US$ 0,9, o que demonstra a forte alavancagem operacional do modelo de negócios. “O índice de eficiência foi de 32,1% no 1º trimestre, o que fortalece a posição do Nu como uma das empresas mais eficientes da América Latina”, informou o banco.
Outro aspecto importante do balanço foi a inadimplência, que cresceu no período. O indicador de curto prazo, que mede atrasos em um período entre 15 e 90 dias, subiu de 4,1% para 5%. Já a métrica de médio prazo, acima de 90 dias, avançou de 6,1% para 6,3%. O banco atribui parte desse crescimento à estratégia de expansão do espectro de crédito oferecido.
Na semana passada, o Nubank alcançou a marca de 100 milhões de clientes globais. Desses, 5,5 milhões foram adicionados durante o primeiro trimestre. Assim, no último dia do trimestre (31 de março) o total de clientes estava em 99,3 milhões de clientes, em comparação com 59,6 milhões há apenas dois anos.
Internacionalização
O Brasil ainda é, de longe, o maior mercado do Nubank: aqui, são mais de 92 milhões de clientes, enquanto o México tem 7 milhões e a Colômbia, 1 milhão. Mas, segundo o fundador e CEO do Nubank, David Vélez, embora as operações mexicana e colombiana ainda estejam nas fases iniciais quando se pensa em lucratividade, ambas estão apresentando resultados mais acelerados em termos de avanço do número de clientes, de depósitos, receita e participação de mercado no volume de compras com cartão de crédito do que o Brasil mostrou em um período de tempo comparável.
O aumento de tamanho do Nubank se reflete nos dados do Open Finance, ambiente criado pelo Banco Central no qual clientes de produtos e serviços financeiros podem permitir o compartilhamento de suas informações entre diferentes instituições. Em evento promovido pelo Nubank nesta terça-feira (14), a gerente geral de Open Finance do Nubank, Luciana Kairalla, afirmou que, do total de 44 milhões de consentimentos ativos do sistema, 68% foram feitos a partir ou para o Nubank. A instituição aderiu ao Open Finance em setembro de 2022.
Um dos produtos que a instituição passou a oferecer, por meio do sistema, é o alerta de uso do cheque especial. Esse push avisa o cliente que tem saldo em uma conta que outra está “no vermelho” – e assim ele possa fazer a transferência para não ter de arcar com os custos do uso do limite. Até aqui, 2 milhões de clientes já receberam esse alerta, o que resultou em uma economia total de R$ 8 milhões em juros.