Investidores estrangeiros devem ser alocados com cerca de 60% das ações ofertadas na venda de ações de US$ 11,2 bilhões da Saudi Aramco, disseram pessoas familiarizadas com o assunto.
O acordo gerou forte demanda dos EUA e da Europa, de acordo com as fontes, que pediram para não serem identificadas, já que a informação é privada. Fundos do Reino Unido, Hong Kong e Japão também apoiaram a venda de ações, que atraiu pedidos no valor de mais de US$ 65 bilhões no total, disseram as fontes.
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Durante a listagem da gigante do petróleo, investidores estrangeiros em grande parte hesitaram nas expectativas de avaliação, deixando o governo dependente de compradores locais. O IPO de US$ 29,4 bilhões atraiu pedidos no valor de US$ 106 bilhões, e apenas 23% das ações foram alocadas a compradores estrangeiros.
Representantes da Aramco não estavam imediatamente disponíveis para comentar.
Um dos principais atrativos desta vez é o dividendo da empresa, que é um dos maiores do mundo. Investidores se beneficiariam de um pagamento anual de US$ 124 bilhões. Segundo estimativas Bloomberg Intelligence, o rendimento seria de 6,6%.
A Arábia Saudita atraiu lances suficientes para cobrir todas as ações dentro de poucas horas após o início do acordo. A oferta foi encerrada na quinta-feira (6) e o reino deve arrecadar pelo menos US$ 11,2 bilhões em receitas, excluindo lotes adicionais — dinheiro que ajudará a financiar uma iniciativa de múltiplos trilhões de dólares para transformar a economia.
O preço final ficou na metade inferior de uma faixa proposta de 26,70 riais a 29 riais, embora as ações da Aramco tenham sido negociadas abaixo do limite superior desde o anúncio do acordo e fecharam a 28,30 riais na quinta-feira.
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A extensão da participação estrangeira foi observada de perto, com os principais executivos da Aramco realizando uma série de eventos em Londres e nos EUA para estimular a demanda.
O governo saudita possui cerca de 82% da Aramco, enquanto o Fundo de Investimento Público detém uma participação adicional de 16%. O reino continuará sendo o principal acionista após a oferta.
Por Matthew Martin e Julia Fioretti