A varejista de moda online Shein entrou com pedido confidencial para abertura de capital na bolsa de Londres, segundo pessoas familiarizadas com o assunto. O momento de uma oferta pública inicial, que provavelmente seria a maior de Londres em mais de uma década, não estava imediatamente claro, pois a Shein ainda está aguardando aprovação do regulador de valores mobiliários da China, disseram as fontes. Um IPO poderia avaliar a gigante de moda em cerca de £50 bilhões (US$ 63,3 bilhões).
Representantes da Shein e da Autoridade de Conduta Financeira (FCA) recusaram comentar. A Reuters havia relatado anteriormente sobre o pedido confidencial da Shein.
O IPO da chinesa de fast fashion marcaria uma vitória para Londres, que em grande parte perdeu a recuperação dos IPOs europeus deste ano até agora. A listagem poderia potencialmente ajudar Londres a recuperar parte do valor de mercado que perdeu de empresas que mudaram suas listagens primárias para Nova York.
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A Secretária de Negócios Kemi Badenoch e seu colega do Partido Trabalhista Jonathan Reynolds discutiram a perspectiva de uma listagem da Shein como parte do debate eleitoral da Bloomberg na segunda-feira (24).
Reynolds, que confirmou ter tido reuniões com executivos da Shein, disse que uma listagem no Reino Unido é uma boa maneira de garantir que um negócio cumpra os altos padrões da Grã-Bretanha. “Se eles estão fazendo negócios no Reino Unido, devemos buscar regulá-los a partir do Reino Unido,” disse.
Badenoch afirmou que não se encontrou com a Shein e destacou preocupações em torno da brecha fiscal que ela usa ao enviar produtos diretamente aos clientes, bem como alegações sobre práticas de trabalho na China.
A empresa — que vende itens como camisas e maiôs por apenas US$ 2 — também terá que conquistar investidores cada vez mais focados em questões ambientais, sociais e de governança (ESG). Ela contratou um novo chefe global de ESG há vários anos que tem trabalhado para fortalecer a sustentabilidade e mudar a imagem da empresa.
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Fundada na China e agora com sede em Cingapura, a Shein procurou listar-se em Londres após julgar improvável que a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA aprovasse um IPO em Nova York, informou a Bloomberg News em fevereiro.
A FCA tem o poder de recusar pedidos de IPO se o regulador achar que seria prejudicial aos interesses dos investidores.
A empresa também foi incluída no escopo das regras emblemáticas da União Europeia projetadas para reprimir conteúdo ilegal e prejudicial online, visando impedir a disseminação de itens falsificados na plataforma, informou a Bloomberg News em abril. A Shein disse na época que a empresa compartilha “a ambição da comissão” e está “comprometida em fazer a nossa parte.”