O Fundo Monetário Internacional (FMI) alertou que a inflação em muitas das principais economias mundiais está desacelerando mais lentamente do que o esperado, e isso eleva o risco de juros altos “por mais tempo ainda”, disse em relatório de perspectivas econômicas divulgado nesta terça-feira (16).
A instituição financeira enfatizou que há um cenário de inflação de serviços persistente, impulsionada principalmente por remunerações mais altas. O fundo também apontou para a postura sobre os preços decorrentes de questões comerciais e geopolíticas, particularmente sobre matérias-primas como o petróleo.
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“A inflação dos preços de serviços atrasa o progresso na desinflação, o que complica a normalização da política monetária”, afirmou o FMI. “Os riscos de alta da inflação aumentam, elevando a perspectiva de juros mais altos por mais tempo ainda.”
Apesar destes avisos, o FMI ainda prevê um pouso suave para a economia global. O fundo elevou a estimativa de crescimento global no ano que vem em 0,1 ponto percentual, para 3,3%, e deixou a previsão para este ano inalterada em 3,2%.
O FMI revisou para cima as perspectivas para a China e para a Índia, que serão responsáveis por quase metade do crescimento global, enquanto a atividade fraca da zona do euro também deve se recuperar.
No Brasil, o fundo prevê crescimento de 2,1% neste ano, 0,1 ponto percentual menor à previsão anterior, mas elevou a estimativa para 2025 em 0,3% ponto percentual, para 2,4%.
Os maiores rebaixamentos para 2024 foram para a Arábia Saudita, com previsão de crescimento de 0,9 ponto percentual menor que 1,7%, em meio aos cortes de produção de petróleo, e para a Argentina, que terá uma contração estimada em 3,5% pela conta dos cortes de gastos severos do presidente Javier Milei.
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