O estado de São Paulo encerrou nesta quinta-feira (18) a privatização Sabesp em uma oferta gigantesca de ações, segundo pessoas familiarizadas com o assunto.
O governo do estado está vendendo 191.713.044 ações a R$ 67 cada, disseram as pessoas. Um lote complementar de 28.756.956 ações também está sendo totalmente vendido ao mesmo preço, elevando o total arrecadado para cerca de R$ 14,8 bilhões, disseram as pessoas.
O preço representa um desconto em relação aos níveis atuais — as ações da Sabesp são negociadas atualmente em torno de R$ 81,94.
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A empresa e o governo do estado de São Paulo não responderam imediatamente a pedidos de comentário.
A venda de ações é a maior da América Latina desde a oferta que privatizou a Eletrobras em meados de 2022. A transação ocorre em meio a uma queda na atividade no mercado de capitais local e diante de uma performance mais fraca das ações brasileiras por conta de preocupações persistentes sobre as perspectivas fiscais do país.
Competidor único
A Equatorial Energia, empresa de energia que expandiu para o saneamento há dois anos, levou uma fatia de 15% na Sabesp. Os investidores adquiriram outros 17% da concessionária.
A Equatorial emergiu como a única competidora na primeira parte da oferta, que selecionaria dois principais acionistas para competir por uma fatia relevante na empresa.
A falta de concorrência para o chamado investidor de referência foi um revés para o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que prometeu privatizar empresas para reduzir a dívida pública e melhorar o serviço. O governador, que atuou como ministro da Infraestrutura durante o governo de Jair Bolsonaro, é visto como um potencial candidato presidencial nas eleições de 2026.
A venda, totalmente secundária, foi coordenada por BTG Pactual, UBS BB, BofA, Citi e Itau BBA. Bradesco BBI, Goldman Sachs, JPMorgan, J. Safra, Morgan Stanley, Santander e XP também participaram.
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