O turboélice ATR-72 que caiu em Vinhedo (SP), com 58 passageiros e 4 tripulantes, era operado pela VoePass, antiga Passaredo, e teve passagens vendidas pela Latam.
Trata-se de uma prática comum entre companhias aéreas, chamada “codeshare”. Ela serve para simplificar o processo de compra de passagens, na qual uma companhia aérea vende passagens de voos operados por outra.
Por exemplo: não existe voos entre Pelotas (RS) e Lisboa (Portugal). Mas você pode entrar no site da TAP, a cia aérea portuguesa, e fazer a compra do trecho. Nesse caso, a Tap emite duas passagens: uma entre Pelotas e o Aeroporto de Guarulhos (SP), operada pela Gol, e outra entre GRU e Lisboa, operada aí pela própria TAP.
No caso do voo 2283, saindo de Cascavel (PR) em direção a Guarulhos, a Latam vendeu passagens desse trecho operada por outra companhia, a VoePass.
A VoePass, cia aérea de Ribeirão Preto, já teve acordo de codeshare com a Gol. Essa parceria terminou em 2023.
A ATR, fabricante da aeronave, é uma joint venture entre a franco-germânica Airbus e a italiana Leonardo. O turboélice ATR-72 é um dos aviões mais usados no planeta em rotas de curta distância. Nos 35 anos de operação do modelo, foram 12 acidentes com vítimas fatais no mundo até a tragédia desta sexta (9).
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