Quem escolhe cursar direito já sabe que vai precisar escrever muito e ler ainda mais. As petições, memorandos, contratos e todo tipo de documento jurídico consomem tempo precioso – e é aí que a inteligência artificial pode ajudar.
Neste episódio de “IA: Modo de Usar”, o consultor em inteligência artificial Pedro Burgos recebe Mauro Martins Junior, advogado e CEO da Lawhaus. Eles falam sobre os cuidados necessários para que ferramentas de inteligência artificial generativa, como o ChatGPT, sejam incorporadas à vida profissional dos advogados.
Algumas das principais dicas:
Suba documentos
Quanto mais referências você der para a inteligência artificial, melhor. E isso pode ajudar até na hora de analisar um documento específico ou de compará-lo com outro documento. Apresentar os textos para o ChatGPT, por exemplo, e pedir tarefas a partir dele, ajuda a treinar a IA e leva a resultados mais eficientes.
Seja claro no comando (prompt)
Vale ter em mente que a IA pode funcionar como um colega incansável. Suba documentos, peça comparações e diga quais são os critérios que devem ser pautas as análises, por exemplo. Dê tarefas claras, como “verifique se a minuta tem alguma cláusula ausente” e repita o processo, se necessário
Você é parcial, então a IA também precisa ser
É importante que a IA saiba em prol de qual das partes ela está trabalhando. Assim, ela vai funcionar como uma extensão dos seus interesses. Precisa de uma análise de contrato para um cliente? Diga à IA para fazer essa análise a partir da perspectiva que te interessa, seja a contratante ou a contratada.
Atribua uma persona à IA
O ChatGPT funciona melhor quando você atribui uma persona a ele. Estudos mostram que é útil começar dizendo “atue como uma advogado do direito sucessório”, por exemplo – caso seja este o seu interesse, claro. Isso ajuda a “calibrar” as respostas da inteligência artificial.