O governo federal irá comprar até 500 mil toneladas de arroz de pequenos e médios agricultores. A medida faz parte da iniciativa Arroz da Gente, que integra o Plano Nacional de Abastecimento Alimentar “Alimento no Prato” (Planaab) anunciado nesta quarta-feira (16).
Serão investidos cerca de R$ 1 bilhão no Arroz da Gente para a compra do grão. Com a iniciativa, pequenos e médios produtores que quiserem produzir arroz poderão assinar contratos de opção com o governo, que garantirá a compra da produção com preço já estabelecido.
Segundo o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), a medida tem como objetivo estimular a produção e a formação de estoque do grão.
Outra medida prevista no plano Alimento no Prato é a ampliação de sacolões populares e centrais de abastecimento por todo o país. Nessa etapa inicial do Alimento no Prato, serão implantadas novas seis centrais de abastecimento na Bahia, Ceará, Rio Grande do Norte, Sergipe e São Paulo.
O governo federal também aprovou o Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo). O programa tem como objetivo reunir ações de incentivos financeiros para fortalecer as cadeias produtivas de produtos orgânicos e agroecológicos.
O Planapo estabelece iniciativas voltadas para pesquisa e inovação, incentivo às compras públicas e inclusão de mulheres, jovens, indígenas e quilombolas na agricultura familiar.
Os planos reúnem juntas 29 iniciativas e 92 ações estratégicas, que vão se somar ao Plano Brasil Sem Fome, ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), às Cozinhas Solidárias e ao Programa Cisternas.
“A Agricultura Familiar é a grande responsável pela produção de alimentos saudáveis e adequados, que garantem a segurança e a soberania alimentar e nutricional da nossa população. Com o Planapo, vamos conseguir ofertar alimentos ainda mais saudáveis para o consumo e também ajudar na adaptação e na mitigação dos impactos das mudanças climáticas”, diz o ministro do MDA, Paulo Teixeira.
O Dia Mundial da Alimentação é celebrado globalmente em 16 de outubro, data de fundação da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), em 1945. A primeira comemoração da data foi em 1981.
Mapa da Fome
Um país entra no Mapa da Fome quando mais de 2,5% de sua população enfrenta falta crônica de alimentos. O indicador é calculado pela FAO.
O Brasil saiu do Mapa da Fome em 2014, mas voltou a registrar em 2019 mais de 2,5% de sua população em situação de insegurança alimentar. Em 2023, dados da FAO mostram que a insegurança alimentar severa caiu 85% no país. Isso significa que 14,7 milhões de brasileiros deixaram de passar fome.
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