A Domino’s Pizza fechará todas as suas lojas na Rússia, tornando-se uma das primeiras grandes redes de fast-food ocidentais a sair do país desde que o McDonald’s e a Starbucks saíram há mais de um ano.
A DP Eurasia – empresa que detém os direitos de franquia da marca Domino’s na Rússia, Turquia, Azerbaijão e Geórgia – disse na segunda-feira (21) que entrará com pedido de falência de sua unidade russa.
A medida destaca as dificuldades vividas pelas empresas ocidentais que permaneceram na Rússia após o início da guerra na Ucrânia.
O Kremlin tornou muito mais difícil e mais caro para as empresas ocidentais venderem suas operações locais.
Em alguns casos, o governo chegou a assumir controle dos ativos locais das empresas, como no caso da cervejaria dinamarquesa Carlsberg e da fabricante francesa de iogurte Danone.
“Com o ambiente cada vez mais desafiador, a holding da DPRússia é obrigada a dar esse passo, o que acarretará no término do processo de venda da DPRússia e, inevitavelmente, a presença do grupo no país”, disse a DP Eurasia em um comunicado.
O grupo ainda afirmou que é muito cedo para determinar o impacto financeiro de uma possível insolvência.
A Domino’s é a terceira maior entregadora de pizzas da Rússia, com 142 lojas no local.
Em dezembro, a DP Eurasia disse que estava revisando sua presença no país e que as negociações para uma possível venda estavam em andamento.
Legado das marcas na Rússia
É possível que suas pizzarias continuem a operar na Rússia sob nova propriedade e marca. Tanto as operações da Starbucks quanto as do McDonald’s na Rússia foram adquiridas por marcas locais e renomeados depois que suas empresas controladoras deixaram o país.
A Starbucks se tornou Stars Coffee e o McDonald’s agora é “Vkusno & tochka” (“Saboroso e ponto”, em tradução livre).
De acordo com pesquisadores da Universidade de Yale, mais de 1.000 empresas estrangeiras saíram ou suspenderam as operações na Rússia desde que o Kremlin lançou uma invasão em grande escala na Ucrânia.
Outras 378 empresas de todo o mundo continuam a fazer negócios na Rússia, embora cerca de metade delas tenha suspendido novos investimentos e reduzido suas operações no país.
Veja também: Há um ano, empresas impunham sanções à Rússia por causa da invasão
Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.
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