Por Pranav Kashyap
(Reuters) – As ações europeias caíam para mínimas de quase seis meses, em meio a uma venda global de ações devido a temores de uma desaceleração do crescimento econômico dos Estados Unidos, com apenas alguns papéis mostrando valorização.
O índice STOXX 600 caía 2,5%, para 485,45 pontos.
Os temores de que os EUA possam estar caminhando para uma recessão fizeram com que os investidores se afastassem de ativos de risco. O índice Nikkei, no Japão, fechou em queda de 12,4%.
LEIA MAIS: Mercados em pânico: ações desabam mundo afora enquanto cresce o medo de recessão nos EUA
“Não se consegue que o Nikkei caia em seu maior valor em quase 40 anos sem algum tipo de repercussão nos mercados europeus”, disse Chris Beauchamp, analista-chefe de mercado do IG Group.
“Essas coisas não costumam parar em um instante, leva alguns dias para serem resolvidas… mas o pânico inicial parece ter acabado.”
Ações de energia eram as mais atingidas depois que os preços do petróleo caíam 1%, uma vez que os temores de recessão dos EUA compensaram as preocupações com a oferta no Oriente Médio.
As ações financeiras também eram atingidas. Bancos perdiam 3%, serviços financeiros caíam 2,8%, enquanto o setor de tecnologia recuava 2,1%.
Na semana passada, um relatório preocupantemente fraco sobre criação de empregos nos EUA em julho gerou preocupações nos investidores sobre a saúde da economia norte-americana, estimulando um sentimento de risco em nível global.
LEIA MAIS: Os juros do Japão importam mais para você do que parece
O STOXX 600 encerrou sua pior semana em quase 10 meses na sexta-feira e caiu abaixo da marca de 500 pela primeira vez desde 15 de abril.
Os mercados veem uma chance de 78% de um corte de 50 pontos-base na taxa de juros norte-americana pelo Federal Reserve em 18 de setembro, ao mesmo tempo que os investidores esperam um segundo corte pelo Banco Central Europeu em 12 de setembro.