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Após negociação frustrada com a International Paper, Suzano busca outras aquisições

A Suzano está buscando expandir sua presença em papel internacionalmente, ao mesmo tempo em que continua a aumentar a produção no Brasil, diz o vice-presidente executivo financeiro da maior fabricante de celulose do mundo.

A expansão global da Suzano, porém, não acontecerá a qualquer preço, afirma Marcelo Bacci. “Procuramos boas empresas, mas continuaremos a ser disciplinados, estabelecendo um limite de preço a pagar, porque não podemos cometer erros”, explica o executivo.

Mais cedo neste ano, a Suzano iniciou negociações para comprar a International Paper (IP), com sede nos Estados Unidos, em um negócio que poderia chegar perto de US$ 15 bilhões. As empresas, no entanto, não chegaram a um acordo, pois a IP decidiu prosseguir com negociações para adquirir a rival britânica DS Smith, lembra Bacci.

“As negociações acabaram, não vejo possibilidade de retomá-las agora”, diz o CFO, lembrando que a Suzano continua aberta a novos negócios tanto no Brasil, onde está aumentando a produção de celulose, quanto no exterior, onde está focando no fabricação de diversos tipos de papel. Isso faz parte de uma estratégia para avançar ainda mais na cadeia de valor, acrescenta.

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A Suzano iniciou no domingo a operação do Projeto Cerrado,  a maior fábrica de celulose em linha única do mundo, que atingirá uma produção anual de até 2,55 milhões de toneladas e aumentará a capacidade da empresa em mais de 20%, para 13,5 milhões de toneladas por ano.

Há algumas semanas, a Suzano também tornou pública a compra de duas instalações industriais da Pactiv Evergreen nos EUA por US$ 110 milhões, aumentando sua capacidade de produção de papelão.

Analistas acreditam que pequenas aquisições podem ser uma boa maneira para a Suzano ampliar ainda mais sua presença internacional sem pagar a mais.

“Após o fracasso no acordo com a IP, que os investidores não gostaram, acreditamos que várias dessas pequenas transações em papel e embalagem podem gradualmente acalmar as preocupações dos investidores sobre alocação de capital”, disseram analistas do BTG Pactual em nota aos clientes na semana passada.

No início deste ano, a Suzano também anunciou a compra de participação minoritária na Lenzing, um fornecedor austríaco para a indústria têxtil.

Embora atualmente se concentre em concluir os negócios recentes, a Suzano continuará a procurar novas oportunidades internacionais, não apenas nos EUA e na Europa.

“Não se trata de ter preferência regional, buscamos negócios que se alinhem à nossa estratégia”, diz Bacci.

Líder global na produção de celulose, a Suzano é também uma das maiores fabricantes de papel da América Latina. A empresa, fundada no Brasil por um imigrante ucraniano, completou 100 anos este ano.