Citi, HSBC e Barclays ampliam volta de equipe em tempo integral

O Citigroup, HSBC e Barclays ampliaram o número de funcionários que terão que comparecer ao escritório cinco dias por semana, em meio a mudanças regulatórias que tornam mais complicado para os bancos de Wall Street permitirem o trabalho remoto.

O Citigroup exigiu que cerca de 600 funcionários nos EUA, que antes podiam trabalhar remotamente, voltassem ao escritório em tempo integral. Mas a maioria dos funcionários pode continuar com seus esquemas híbridos e trabalhar até dois dias por semana fora do escritório, disse o banco.

No HSBC, as mudanças de regulamentação afetam cerca de 530 funcionários em Nova York – que representam mais ou menos metade da equipe na cidade – e o banco está discutindo com eles as opções, disse em entrevista Mabel Rius, chefe de recursos humanos para EUA e Américas. O banco está tentando permitir que o maior número possível de pessoas tenha a opção de fazer login de casa, se desejar, disse Rius. O CEO do banco nas Américas, Michael Roberts, disse que consegue evitar que a volta aos cinco dias afete a equipe inteira.

O Barclays exigirá que milhares de funcionários da área de banco de investimento em todo o mundo passem cinco dias por semana no escritório, ou viajando para visitar clientes, a partir de 1º de junho. A decisão coincide com as “novas políticas regulatórias”, afirmou o banco.

“Estar juntos no escritório impulsiona a inovação, a colaboração e uma cultura mais forte”, escreveram Cathal Deasy e Taylor Wright, codiretores globais de banco de investimento da empresa, em um memorando. “Continuamos comprometidos com o trabalho flexível e reconhecemos que haverá momentos em que será necessário trabalhar em casa”, afirmaram.

Novas regras da Autoridade Regulatória da Indústria Financeira sobre local de trabalho entram em vigor nas próximas semanas.

Alguns dos maiores bancos de Wall Street, como Bank of America, JPMorgan e Goldman Sachs, já adotaram cinco dias por semana no escritório para muitas equipes. Outros menores defendem a flexibilidade, o que pode dar a eles uma vantagem no recrutamento e retenção de talentos.