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Crítica: Duna – Parte 1 | A Criação De Um Universo Complexo E Espetacular

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Duna – Parte 1 tinha a difícil missão de transpor para as telonas uma fatia da gigantesca obra literária escrita por Frank Herbert. O escolhido para comandá-la foi o diretor franco-canadense Denis Villeneuve, que é um artista minimalista e assertivo – aliás, desde seu primeiro longa metragem de destaque, Incêndios, jamais fez algo ruim.

Com a ajuda de Eric Roth e Jon Spaihts, esmiuçaram cada detalhe daquele planeta e das características dos personagens, nos dando um épico com ritmo mais lento que o convencional, mas não menos genial. O fato é que para o público acostumado com o fluxo narrativo atual, fica difícil imergir neste jogo político… mas quem tiver essa boa vontade, provará o quanto de genialidade existe em cada tomada do diretor, mas também na trilha sonora pulsante de Hans Zimmer, na mescla de efeitos especiais e práticos, na fotografia e nos figurinos.

Se a história parecer familiar, entenda que o livro foi a inspiração para diversas outras páginas de diversos outros autores – Star Wars, Matrix, Blade Runner, Mad Max e tantos outros beberam desta fonte. Mas, apesar das questões práticas ficarem acima do esperado, será que o elenco mandou bem?

Duna – Parte 1 e seu elenco

A franquia era tão difícil de ser transposta que David Lynch condensou tudo na obra de 1984 – que até hoje divide opiniões – e antes, Alejandro Jodorowsky seria o comandante do que é considerado “o maior filme nunca feito”. Sabendo de tudo isso, a produtora cercou-se dos melhores profissionais de diversas áreas, mas precisava de um elenco a altura.

Ao saber que o insosso (ao menos até aquele momento) Timothée Chalamet seria o protagonista, fiquei reticente. Mas Zendaya, Oscar Isaac, Rebecca Ferguson, Josh Brolin, Jason Momoa (em menor grau, é verdade), Stellan Skarsgård, Dave Bautista e Javier Bardem poderiam melhorar tudo.

Para minha surpresa, a entrega de ‘Timóteo’, como gosto de chamá-lo, foi espetacular. Paul é um jovem da alta cúpula, que nunca passou por dificuldades e se vê numa situação limite. Ao todo, são 155 minutos, onde todos têm boa evolução em tela, cabendo a Stellan Skarsgård, como Barão Harkonnen, moldar um vilão assustador.

Villeneuve categoriza os conflitos com diálogos primorosos e mantém-se fiel às suas concepções. Com isso, Duna – Parte 1 enche os olhos do espectador quando oferece pequenas descobertas – como o primeiro vislumbre dos Vermes de Areia – ou evoluções, além da captura a fé, das tradições e da geografia de Arrakis. Uma obra fabulosa, como há muito não víamos!

duna-parte-1 Crítica: Duna - Parte 1 | A Criação De Um Universo Complexo E Espetacular
Duna – Parte 1

Onde assistir Duna – Parte 1?

  • Streaming: Max e Prime Vídeo
  • Aluguel ou Compra: Google Play Filmes e Apple TV

Sinopse de Duna – Parte 1

Paul Atreides é um jovem brilhante, dono de um destino além de sua compreensão. Ele deve viajar para o planeta mais perigoso do universo para garantir o futuro de seu povo.

Nota Cinema e Séries: ★★★★½

Título Original: Dune: Part One
Ano Lançamento: 2021 (Estados Unidos | Canadá)
Dir: Denis Villeneuve

Elenco: Timothée Chalamet, Rebecca Ferguson, Oscar Isaac, Josh Brolin, Stellan Skarsgård, Dave Bautista, Zendaya, Chang Chen, Jason Momoa, Javier Bardem



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