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Donos de times da NFL vão decidir se aceitam fundos de investimento na liga

Os proprietários de times da NFL estão prestes a votar sobre a venda de participações em suas franquias para fundos de private equity, potencialmente se juntando a uma tendência das ligas esportivas profissionais de atrair investidores institucionais.

A discussão ocorre nesta terça-feira (27) em um hotel em Minneapolis durante uma reunião especial de um dia da liga, segundo pessoas familiarizadas com o assunto.

A NFL está adotando uma abordagem cautelosa ao potencialmente permitir que três empresas individuais e um consórcio comprem participações. As três empresas pré-aprovadas são Arctos Partners, Ares Management e Sixth Street Partners, enquanto o consórcio é composto por Dynasty Equity, Blackstone, Carlyle e CVC Capital Partners, acrescentaram as fontes.

Ao contrário dos proprietários controladores, que só podem investir em um time de cada vez, espera-se que os investidores de private equity possam comprar participações em até seis times ao mesmo tempo, acrescentou a fonte. A NBA tem uma regra semelhante.

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A NFL também está considerando apresentar a política onde apenas proprietários controladores e membros da família que são parceiros limitados poderiam vender participações.

Por exemplo, o Atlanta Falcons adicionou quatro novos parceiros limitados à propriedade do clube em maio, mas nenhum deles poderia vender para investidores institucionais porque não são proprietários controladores ou não são membros da família do proprietário principal, Arthur Blank.

A NFL, Sixth Street, Ares, Dynasty e Arctos recusaram-se a comentar. Blackstone, Carlyle e CVC não responderam imediatamente ao pedido de comentário.

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Bola oficial de jogo da NFL (Bloomberg)

A Bloomberg informou em maio que os proprietários estavam considerando permitir que investidores institucionais pudessem comprar 10% dos clubes, enquanto alguns proprietários preferiam um limite de 5%. A NFL contratou a PJT Partners, um banco de investimento, para avaliar o interesse de fundos de private equity.

As avaliações dos times da NFL variam de US$ 4,71 bilhões a US$ 10,32 bilhões, de acordo com a Sportico, enquanto a média de um time da NFL é avaliada em US$ 5,93 bilhões. Isso significa que participações em times da NFL poderiam ser vendidas por valores que variam de cerca de US$ 470 milhões a US$ 1 bilhão.

Atualmente, há participações dos Los Angeles Chargers e do Buffalo Bills no mercado, segundo apurou a Bloomberg. O proprietário do Philadelphia Eagles, Jeffery Lurie, também está considerando vender parte de seu time.

Outras ligas esportivas, incluindo a NBA e a MLB, já expandiram as regras de propriedade para private equity e outros investidores. Em comparação, a NFL tem algumas das regras de propriedade mais rigorosas.

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Um proprietário principal deve ser capaz de pagar pelo menos 30% de um time, e um grupo de propriedade não pode ultrapassar 25 pessoas. Essa configuração torna a venda de times mais difícil do que em outros esportes, dado o montante de capital necessário inicialmente.

Isso ficou evidente no ano passado, quando um grande grupo de investidores, liderado pelo bilionário de private equity Josh Harris, completou o que foi descrito como um acordo complicado para comprar o Washington Commanders por US$ 6 bilhões. O processo de venda também não atraiu muitos interessados, levantando preocupações de que as regras conservadoras da liga eram muito limitantes e poderiam prejudicar vendas futuras.

Após o acordo dos Commanders, o comissário da NFL, Roger Goodell, criou um comitê de proprietários para avaliar mudanças nas regras de propriedade.

O proprietário do Kansas City Chiefs, Clark Hunt, apoiou a entrada de private equity na liga porque pode ser uma fonte útil de capital, inclusive para financiar a renovação ou construção de estádios, um investimento que está se tornando cada vez mais difícil de ser obtido por meio de subsídios do governo local.

As avaliações crescentes dos times da NFL também criaram o potencial para enormes contas de impostos quando a propriedade é transferida para a próxima geração. Um proprietário poderia compensar isso vendendo uma participação para private equity.

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