Moedas da América Latina caem com fortalecimento do iene frente ao dólar
As moedas latino-americanas operam em queda em relação ao dólar nesta quinta-feira (18) em meio a uma queda nos preços das commodities e à especulação contínua de que o iene está prestes a se fortalecer, prejudicando a atratividade dos carry trades – operação em que os investidores trabalham com a diferença entre a taxa de juros de dois países.
O peso chileno é a moeda com pior desempenho entre seus pares de mercados emergentes frente ao dólar, seguido por Brasil, Colômbia e México. O índice mais amplo para moedas de nações em desenvolvimento caiu 0,1%. Enquanto isso, as ações de mercados emergentes caíram pelo quinto pregão consecutivo.
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Um salto no iene na quarta-feira (17) ainda está repercutindo nos mercados, já que a moeda japonesa serve como moeda de financiamento para as operações carry trade. E embora a moeda esteja reduzindo as perdas nesta quinta, os temores de que retomará seus ganhos estão pressionando os traders a desfazerem suas apostas, especialmente na América Latina, que é o destino favorito para a outra ponta do carry trade nos últimos dois anos.
“Quando se trata de disposição para intervir nos mercados cambiais, o Banco do Japão mostrou sua força”, disse Juan Perez, diretor de negociação da Monex USA. “A América Latina pode realmente estar caminhando para taxas de juros mais baixas, o que corta o apelo para aqueles que buscam rendimentos mais altos ao mesmo tempo em que tomar emprestado do Japão pode se tornar menos atraente.”
Movimentos de moeda
O governo do Japão é apontado como a força por trás do rally do iene nos últimos dias. Além disso, um ministro japonês proeminente pediu ao banco central que aumentasse as taxas de juros para elevar o valor da moeda.
Os investidores também mantiveram o foco nas commodities, como o cobre, cujos preços caíram enquanto os operadores lutavam para ver sinais de novos estímulos do governo chinês. Rendimentos mais altos do tesouro e um dólar mais forte durante o pregão de quinta-feira também pesaram sobre as moedas de mercados emergentes.
A rúpia da Indonésia foi outra divisa entre os mercados em desenvolvimento a sofrer com o movimento após o governo nomear o sobrinho do presidente eleito como vice-ministro das finanças. A rúpia indiana fechou em um nível recorde de baixa em meio à demanda por dólares de importadores e pagamentos relacionados à defesa.
Em outros lugares, o rand sul-africano contrariou a tendência de quedas, ganhando valor após as autoridades monetárias do país manterem as taxas de juros estáveis.
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