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Nubank vai às compras para criar uma ‘IA private banker’ para cada cliente

O Nubank foi às compras no mercado norte-americano para avançar na estratégia de criar um banqueiro próprio, o chamado “private banker“, para cada um dos seus mais de 100 milhões de clientes no Brasil, México e Colômbia. A empresa anunciou nesta quarta-feira (26) a compra da startup do Vale do Silício Hyperplane. Os valores não foram informados.

A Hyperplane é especializada em treinar modelos de inteligência artificial para permitir experiências personalizadadas a usuários de serviços financeiros.

Complicou, né? Nas palavras de Cristina Junqueira: “Pessoas que têm um volume financeiro muito grande têm acesso a um private banker. A gente quer entregar isso para qualquer cliente nosso, instantaneamente, via nosso aplicativo”, disse a cofundadora do Nubank na manhã desta quarta-feira (26) durante sua participação do evento “Brasil em Wall Street“, organizado pelo InvestNews.

“Isso é uma mudança de paradigma tremenda, que dá às pessoas a possibilidade de executar decisões financeiras de uma maneira muito melhor do que elas conseguem hoje”, sintetizou Cristina, hoje focada na expansão internacional do Nubank – México e Colômbia são os mercados prioritários, mas o cofundador David Vélez já disse, há pouco mais de um mês, que novas fronteiras devem ser ultrapassadas em até três anos.

Junqueira falava justamente sobre como o banco pretende usar a IA nos seus produtos. Minutos depois, no fim da manhã, veio o anúncio da compra da Hyperplane. Segundo o Chief Technology Officer (CTO) do Nubank, Vitor Olivier, a aquisição vai ajudar a instituição financeira a “analisar vastos conjuntos de dados e a personalizar os serviços em nível granular.”

No “Brasil em Wall Street”, Cristina Junqueira disse que o Nubank está bem posicionado ante os concorrentes para oferecer produtos baseados em IA porque desde a sua fundação, há 11 anos, o banco “sempre foi obcecado por dados”.

“Pensando em IA, se você não tem dados armazenados de maneira segura, limpa e com um longo histórico para treinar os modelos de linguagem, vai levar um tempo para você sequer conseguir usar essas tecnologias”, destacou Junqueira.