As ações da Nvidia subiram 6,98% nesta terça-feira. As da Apple ficaram no zero a zero. Com isso, o valor de mercado da fabricante de chips de inteligência artificial foi a US$ 2,80 trilhões.
E agora ela aparece grande no retrovisor da dona do iPhone, cujo preço somado de todas as ações dá US$ 2,91 trilhões. A diferença está em meros 4%.
O fato serve para ilustrar as grandezas astronômicas na valorização das big techs. Esses “meros” 4% significam US$ 110 bilhões – algo próximo do valor de mercado da Petrobras; que em dólar dá 97 bilhões.
E acima de Nvidia e Apple ainda há a Microsoft, com seus US$ 3,2 trilhões.
Os papéis da Nvidia já acumulam alta de quase 13% desde que a empresa previu na semana passada receitas superiores às expectativas de Wall Street para o segundo trimestre e anunciou um desdobramento de ações, o que aumenta a liquidez. Pudera: o papel está a US$ 1.139,01, ou seja, um lote de 100 custa o equivalente a um apartamento em São Paulo – R$ 590 mil.
No ano, a alta é de 130%.
“O mercado tem lutado para acompanhar a trajetória de crescimento cada vez melhor da empresa. Com um múltiplo de lucros futuros na casa dos 30 e poucos, isso ainda não parece ser uma bolha”, disse Derren Nathan, chefe de análise de ações da Hargreaves Lansdown.
Recentemente, a Nvidia foi negociada a 36 vezes suas estimativas de lucro futuro, em comparação com 38 para a Advanced Micro Devices e 21 para a Intel, de acordo com dados da LSEG.
As ações da empresa mais que duplicaram até agora este ano, após mais que triplicarem no ano passado.
A Nvidia, que tem sido uma das maiores beneficiárias do boom da IA, apurou um salto de cinco vezes na receita em seu segmento de data center na semana passada, enquanto clientes faziam fila para comprar seus chips de alto desempenho.
Alphabet, Microsoft, Amazon.com e outras empresas de tecnologia têm competido por um fornecimento limitado de chips de última geração da Nvidia conforme buscam dominar a computação de IA.
A Microsoft ultrapassou a Apple como a empresa mais valiosa do mundo no início deste ano, ao dar a largada à frente de outras empresas de tecnologia devido aos ganhos obtidos por investimentos iniciais em IA em seus serviços em nuvem.
(Por Zaheer Kachwala e Arsheeya Bajwa em Bengaluru; reportagem adicional de Noel Randewich em San Francisco, e informações adicionais de Alexandre Versignassi – InvestNews)